sexta-feira, 27 de abril de 2012

TRABALHO FINAL


Introdução


Ao longo dos séculos, muito se discutiu acerca do uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil e no mundo. Com o passar do tempo, as tecnologias vão se aprimorando, melhorando assim o mecanismo e a eficiência da troca de informações e do estabelecimento da comunicação. As consequências dessas mudanças têm sido verificadas nas mais variadas cidades de pequeno, médio e grande porte nas cinco regiões do Brasil. Estes resultados foram sintetizados na “Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no Brasil”, realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBR) no ano de 2010, considerando domicílios e empresas, e que foi publicada em formato digital pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br).

Este presente trabalho tem por objetivo relacionar conceitos abordados na disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, ministrada pelo Prof. Dr. Sérgio Amadeu da Silveira, na Universidade Federal do ABC; sobretudo no que tange a sociologia de Émile Durkheim com os resultados obtidos no levantamento supracitado.

A motivação deste trabalho se deve a Émile Durkheim:

A maior prova de que o progresso da Sociedade moderna não aumenta a felicidade é o aumento do suicídio.”

Biografia - Émile Durkheim

        Durkheim, nascido em 15 de abril 1858 na cidade francesa Épinal, fazia parte de uma família pobre de origem judia. Em 1879 ingressou na Escola Normale Supérieure e sai em 1882 com o título de Agrégé de Philosophie. Em 1882 realiza concurso para docência em filosofia e é nomeado professor em Sens e Saint-Quentin. Em 1885 vai estudar ciências sociais em Paris e na Alemanha, onde permanece por um ano, é nomeado professor de pedagogia e ciência social na Faculdade de Letras da Universidade de Bordéus (primeiro curso de sociologia nas universidades francesas).
         Pouco tempo depois, mais precisamente entre os anos de 1893 e 1895, Durkheim redigiu as suas duas principais obras: Da divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Social e As Regras do Método Sociológico.
        A partir dessas obras constituiu com elas outras idéias, o desenvolvimento de um conceito acerca da consciência coletiva, nos quais a abordagem leva em consideração o conjunto de crenças e sentimentos comuns que refletem as inúmeras relações entre os membros de uma determinada sociedade.
        Para Durkheim, o fundamental para uma sociedade alcançar uma evolução e/ou desenvolvimento é necessário que a nação ou país focalize seus investimentos na educação, como base do processo, sendo que de acordo com o nível de educação elevado certamente iria produzir um melhor desenvolvimento.
        Foi um dos primeiros a dizer como é e como funciona a sociedade. Ele é considerado o Pai da Sociologia porque foi ele quem criou as regras de como se trabalhar cientificamente com a Sociologia. Elas estão descritas no seu livro “As regras do método sociológico”.
       Durkheim é uma pessoa funcionalista, e isso significa que na sociedade tudo deve cumprir uma determinada função para a saúde do todo. Ou seja, para ele a Sociedade seria como um corpo humano, onde cada parte, ou órgão, deve cumprir sua função para a saúde do corpo.

Desenvolvimento

          Émile Durkheim, considerado um dos pais da Sociologia Moderna, estabeleceu fatos sociais como uma de suas ideias principais. Os fatos sociais são tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar sobre como devemos ser, nos sentir e nos comportar, demandadas externamente aos indivíduos por possuírem um alto poder coercitivo. Isto é, o que as pessoas sentem, pensam ou fazem independente de suas vontades individuais, é um comportamento estabelecido pela sociedade, não totalmente próprio de si mesmo. São fatos sociais: regras jurídicas, maneiras de agir, costumes, etc.
           Assim, evidencia-se relacionar os fatos sociais com dados contidos na Pesquisa. Toma-se como exemplo a Tabela A1 – Proporção de domicílios com computador, na página 399 da pesquisa. Nela, vê-se que o número percentual geral de domicílios com computador na área urbana (39%) é mais que o triplo do número de domicílios rurais com o mesmo tipo de equipamento(12%). Como na área urbana as pessoas possuem um maior costume (Fato Social) de utilizar computadores, o dado mostra-se natural. Além disso, pode-se dizer que no campo as pessoas agem no geral de forma mais independente perante as modernidades da vida da cidade. Se a análise for mais profunda ainda, na mesma tabela, observa-se que nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste as porcentagens de residências com computador são bem maiores, o que ocorre devido à ainda maior concentração de renda nacional nestas regiões, como mostra o gráfico seguinte dos anos anteriores à pesquisa, obtido diretamente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):



Analisando mais a pesquisa, pode-se encontrar mais um ponto que serve de base para uma investida sociológica de Émile Durkheim. Agora, será analisada a tabela G3 – Atividades desenvolvidas na Internet – Interação com Autoridades Públicas, contida na página 467. Nela, verifica-se que são baixos os números percentuais de pessoas que usam a internet para obter informações sobre autoridades públicas, tanto na área urbana quanto na rural. Como defende o artigo “Marco Civil da internet: uma questão de princípio”, presente no início da Pesquisa, a imprensa credita à crescente “desilusão com a política, diante dos recentes escândalos de corrupção” como responsável pelo baixo interesse pelo profissional político.
O quadro de juventude alienada, porém, contrasta com a utilização cada vez maior de diversos recursos típicos da Internet para efeitos de mobilização política, como a campanha “Ficha Limpa”, aprovada após uma das poucas vezes antes vista na história do Brasil tendo uma mobilização de grande tamanho. Historicamente, o povo brasileiro tem sido submisso aos atos governamentais, sem realizar grandes manifestações em busca da concretização de um desejo do povo, como a verificada na Noruega recentemente, quando mais de trinta mil pessoas foram às ruas de Oslo protestar pela prisão de um homem que assassinou mais de cinquenta pessoas em uma ilha próxima e alegava problemas mentais para ter cometido tamanho massacre.
Outro ponto importante que deve ser levado em consideração segundo a perspectiva Durkheimiana, onde consiste um dos escopos do presente trabalho, é a questão do avanço tecnológico, que está explícita em toda a Pesquisa. Vivenciamos um mundo cada vez mais moderno, tecnológico, prático, eficiente, mas isso tudo é sinal de qualidade de vida? E, principalmente, é sinal de felicidade? Sempre ouvimos que a sociedade está progredindo, mas, isso é sinal de melhoria? Quer dizer que, o aprimoramento de uma arma de fogo, aumentando seu poder mortal, isso é um progresso, no entanto, vemos claramente que não é uma vantagem social. Durkheim aborda essa questão e nos diz algo muito interessante.
            Como vimos no início, “A maior prova de que o progresso da Sociedade moderna não aumenta a felicidade é o aumento do suicídio”, desta forma, pode-se inferir que mesmo a sociedade se modernizando cada vez mais e a tecnologia aprimorando suas utilidades e, por vezes, facilitando nossas vidas, isso não garante felicidade, tendo em vista que o número de suicídios aumenta juntamente, assim, analisa-se o avanço tecnológico como uma fonte coercitiva presente e crescendo na sociedade, de fato, exerce cada vez maior pressão na vida e postura de cada indivíduo, que se vê obrigado a atender os preceitos estabelecidos, e diante da incompatibilidade dessa situação, acaba, por assim dizer, perdendo muito do prazer da vida, chegando ao cume do suicídio. Como mostrou uma reportagem da Folha.com no início deste século (XXI), segundo dados da Organização Mundial de Saúde(OMS), o número de suicídios está crescendo cada vez mais, chegando a ultrapassar as mortes totais causadas por violência urbana e guerras.

Outra questão importante da Pesquisa que se relaciona com o pensamento sociológico de Durkheim é de essa sociedade moderna que vivenciamos hoje com todos esses avanços tecnológicos e crescimento da economia podem ser tomadas como exemplos de uma “solidariedade mecânica”, na qual os indivíduos estão totalmente ligados a sociedade, sem que haja um intermediário; apresentando como um conjunto de crenças e sentimentos comuns a todos os componentes. Assim como já foi dito, por intermédio da instituição pública consegue com que o indivíduo construa sua consciência comum e social e seja acima da sua mesma.

A vida social não é outra coisa que o meio moral, ou melhor, o conjunto dos diversos meios morais que cercam o indivíduo” (Durkheim)

A moral é um sistema de normas de conduta que prescrevem como o sujeito deve conduzir-se em determinadas circunstâncias” (Durkheim)

Nesse mundo de consumo, visto nas tabelas de aquisições/ utilização de computadores, internet.. A dependência desses bens tem se tornado muito freqüente. Exibido por Durkheim, os julgamentos de valor que são aqueles que enunciam avaliações pessoais sobre determinadas coisas, poderia ser relacionado a essa dependência e alta importância desses bens. Mas como essa dependência se tornou tão incondicional ou até mesmo inexplicável, poderia chegar até a se tornar um julgamento de realidade, já que é incontestável essa preocupação e apreço.
Para um aprofundamento maior ainda no que se refere à Sociologia, pode-se relacionar na Pesquisa alguns temas, tais como a expansão do comércio eletrônico e, por conseguinte, do consumismo, às ideias de Karl Marx, bem como a existência de classes sociais, algo que é amplamente visto na Pesquisa. No entanto, essa análise é adicional ao presente trabalho, que aborda a figura e as ideais de Émile Durkheim.

Conclusão

              Ao longo deste trabalho foram expostas análises da Pesquisa relacionando-as com os conceitos sociológicos de Émile Durkheim. Este objetivo foi alcançado com sucesso. Foram demonstrados exemplos de como a sociedade segue padrões preestabelecidos, como defende Durkheim. Além disso, ficou clara a existência de relações entre economia regional, infraestrutura e urbanização; estes influenciam diretamente na relação homem-máquina, definindo a interdependência entre vida social e comunicação.
            Ainda, segundo Émile Durkheim, “Nosso egoísmo é, em grande parte, produto da sociedade.”. Logo, pode-se dizer que em uma sociedade como a atual, na qual o individualismo ganha cada vez mais terreno, atos como o egoísmo se destacarão cada vez mais, pois se propagarão “exponencialmente” para todos nela incluídos. Estas pessoas são apenas parte de algo maior do que elas, sendo “produto desta sociedade”, e altamente influenciados por tudo dela derivado. Se for analisada mais especificamente a sociedade mundial atual, então, a configuração a que se pode chegar é que noções teoricamente básicas como as de companheirismo, solidariedade e amor, estão sendo limadas da vida de todos contidos no sistema atual estabelecido: o capitalismo. Isto retorna, inclusive, à outra premisse, agora de Thomas Hobbes, segundo o qual “o homem é o lobo do homem”, isto é, há uma espécie de “disputa” constante na sociedade, o que gera lutas entre os indivíduos presentes na dada sociedade.
                Mostra-se então que a Sociologia de Émile Durkheim está contextualizada para os dias de hoje, mesmo criada há muitos anos.


Referências Bibliográficas






sábado, 14 de abril de 2012

MAX WEBER 2/2

                                         



1. O que é poder e dominação para Weber?

"Poder é toda chance, seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra a relutância dos outros." Max Weber

O conceito de poder em Weber é associado a duas categorias que se completam; o Domínio, no qual, a partir de uma determinada ordem, qualquer que seja o seu conteúdo, ocorre a probabilidade de ser seguida por um certo número de pessoas, e a Disciplina que a partir de uma ordem ocorre o seu obedecimento imediato, sem questionamentos pelo grupo devido a um conjunto de atitudes que lhes são visuais e arraigadas (domínio do dominador, disciplina do dominado).

"Segundo Weber, a dominação consiste em um estado de coisas no qual as ordens dos que dominam influenciam, além da mera execução dessas ordens, a própria conduta dos dominados como máximas de comportamento (Weber, 1992, p. 699). A dominação se instaura desde que a obediência seja percebida como um dever pelos dominados. O fato de perceber a obediência como um dever depende, de fato, da aceitação pelos dominados da legitimidade da dominação, ou seja, da sua crença na legitimidade do poder daqueles que comandam. É a razão pela qual Weber afirma que os tipos de dominação se revelam quando formulamos esta questão: sobre quais princípios últimos pode basear-se a validade, a legitimidade de uma forma de dominação, isto é, a exigência de obediência da parte 'funcionários' pelo seu 'senhor'' e da parte dos dominados pelo 'senhor' e pelos 'funcionários' ? "

"Para que um Estado exista, é necessário que um conjunto de pessoas obedeça à autoridade alegada pelos detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para que os dominados obedeçam é necessário que os detentores do poder possuam uma autoridade reconhecida como legítima. A dominação é presença marcante em uma sociedade. Para haver dominação é necessário que haja elementos de diversas classes sociais, onde os que detêm o poder exercerão domínio e soberania sobre os demais indivíduos sem o poder."

FONTE:
http://www.fee.tche.br/3-decadas/downloads/volume1/2/box-4.pdf
http://pensador.uol.com.br/frase/MjAwMDg1/

2. Qual a diferença de dominação legítima para a ilegítima?

       Weber  define a dominação como oportunidade de encontrar uma pessoa determinada que esteja pronta a obedecer, pois a dominação se faz necessária para se manter em ordem a sociedade e tudo que gira em torno dela.
        É notável que em todo grupo dentro de qualquer sociedade, que seja baseado em regras e hierarquias, se encontrem indivíduos dominantes e dominados. E nesse contexto Weber nos fala que dentro da sociedade é preciso que haja elementos que detenham o poder ou que possuam formas de autoridades legitimamente reconhecidas, e elementos que não detenham o poder. A dominação muitas vezes se dá devido às inúmeras formas de interesses, sejam eles nas suas mais variadas formas. E, é claro, sempre que há indivíduos que estejam prontos a obedecer a ordens de conteúdos determinados.
        Mesmo podendo assimilar a dominação a qualquer situação que possa verificar indivíduos subordinados ao poder de outros ,ela difere das relações de poder em geral por apresentar uma tendência a se estabilizar, a  procurar manter-se sem provocar confrontos. Em outras palavras, as relações de dominação dentro de uma sociedade se caracterizam por buscar formas de legitimação, de serem reconhecidas como necessárias para a manutenção da ordem social.
        Assim Max Weber nos apresentou em um de seus estudos mais importantes, três tipos puros de dominação legítima, cada um deles gerando diferentes categorias de autoridade. São classificados como puros porque só podem ser encontrados isolados no nível da teoria, combinando-se quando observados em exemplos concretos. São formas de dominação, segundo Weber, dominação legal, tradicional e carismática.
        Como a sociologia da dominação ocupa , no pensamento de Weber, um lugar central na construção dos mecanismos reflexivos e dedutivos na sua "sociologia compreensiva", a denominação de dominância não acabou. Em seu livro 'A Cidade' ele apresenta a dominação como uma coisa ou força natural , que de alguma forma se afirma por ela mesma, mas como algo com uma correspondência significante entre uma ação (que poderia ser uma ordem) e uma outra ação (que é obediência), e reciprocamente.
         Se a dominação contém sempre um tipo de acordo nos valores, essa ausência poderia tabém ser designada como sua legitimação. E já que o acordo entre a ordem e obediência constitui o caráter essencial da dominação, seria impossível encontrar na "sociologia da dominação" uma dominação não legítima.
Mas seria impossível se a dominação não legítima fosse no sentido conceitual , já que no âmbito de fenômenos singulares, poderá ser entendida. Um exemplo disso é o caso da cidade medieval ocidental.
          Aparentemente não é um tipo de dominação , mas poderemos assiciá-la à dominação pela contradição de adjetivação.
          A ação de um único sujeito se pode mover entre uma dominação legítima e uma não-legítima.Weber fala, nesse caso, sobre transições incertas entre uma válida (legitimação de única ação que orienta seu comportamento a essa ordem legal) e outra inválida. Nesse caso duas ou mais (e também contraditórias) ordens podem coexistir no mesmo ambiente urbano.
         Uma leitura possível é que a dominãção não-legítima é uma entidade tipicamente dinâmica onde as diferentes dominações ( e as respectivas ordens legais) podem coexistir no interior de um sistema que permita a autoorganização, também em um campo importante, como a justiça.
         Poder-se-á subentender então, da construção metodológica de Weber, que a dominação não legítima formula-se enquanto tipo ideal para dar conta dos fenômenos mais complexos que não couberam na construção mais pura dos três tipos de dominção legítima e, assim, a cidade medieval (citada no livro) oferecia-se como território privilegiado para a sua análise e explicação.

FONTE:
http://www.artigonal.com/noticias-e-sociedade-artigos/os-tres-tipos-de-dominacao-segundo-max-weber-1284076.html
http://www.ufrgs.br/tramse/pead/textos/weber.pdf
http://www.pucsp.br/ponto-e-virgula/n7/artigos/pdf/pv7-08-antoniosousa.pdf

3. Podemos encontrar em um dado fenômeno apenas um tipo de dominação?

"A dominação é algo que sempre existiu e sempre existirá na história da humanidade pois é algo fundamental na mesma. Os mais variados tipos de dominação seguirão vivos nas mais variadas plataformas, como a dos pais sobre os filhos. Este tipo de dominação é, porém, legal, respaldada pela lei, pelo menos enquanto os filhos forem menores de idade. Assim, conclui-se que quanto maior for a interação do fenômeno com os elementos da ação social poder-se-ará dizer que a dominação determina as características dos fenômenos."

4. Como Weber define o Estado?

         Se a política esta em toda a história humana, logo passa de uma atividade do ser humano, porém não se pode confundir com o Estado, que corresponde a “[...] racionalização da civilização humana” (FREUND, 1987, p. 159). Logo, a política é anterior ao Estado. Na visão de Weber o Estado se define como “[...] a estrutura ou o agrupamento político que reivindica com êxito o monopólio do constrangimento físico legítimo” (FREUND, 1987, p. 159).

        Dessa forma, de um lado atuaria a racionalização do direito, consequentemente a especialização do poder legislativo e judiciário, voltado para uma política que tem o objetivo de manter a segurança dos indivíduos, logo procura assegurar a ordem pública, do outro lado se vincula a uma administração racional, que estaria baseado em “regulamentos explícitos”, que pode intervir nos mais diversos domínios, exemplo cultura, saúde economia, dispondo de uma força militar permanente.
        O Estado tem como característica política o uso da coação física. Todo Estado se funda na força sendo a única fonte do "Direito". Consiste também em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento de violência legítima. Só pode existir, portanto, sob a condição de que os homens dominados submetem à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores.

FONTE:
http://www.consciencia.org/max-weber

5. O que é ação social?

O termo ação social, que foi introduzido por Max Weber na obra “Ensaios de Sociologia”, é qualquer ação que leva em conta ações ou reações de outros indivíduos e que se modifica com base nesses indivíduos. Isto é, é todo ato que uma pessoa realiza após atos externos a ela a influenciarem.
As diferentes ações sociais segundo a classificação de Weber são:


Ações racionais: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, desconsiderando as consequências e se os meios para atingir seus objetivos são os ideais;
Ações instrumentais: ações planejadas e tomadas depois de avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Exemplo: seria a maioria das transações econômicas;
Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Exemplo: Chorar de felicidade ao ser aprovado no vestibular;
Ações tradicionais: ações baseadas na tradição enraizada. Exemplo: assistir a um jogo de futebol em frente à televisão com uma lata de cerveja;

FONTE:
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htm 
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_social

quinta-feira, 5 de abril de 2012

MAX WEBER 1/2

                                            
1) Qual a importância de Max Weber para as ciências sociais?

Primeiro, é importante destacar o fato de Max Weber ter crescido em uma família com estudos, o que o possibilitou possuir senso crítico e o levou a estudar diversas áreas do conhecimento. Com isso, em uma época em que se iniciavam as disputas acerca da metodologia das ciências naturais, Weber se destacou. Fez estudos também na Sociologia da Religião. Associou o surgimento do capitalismo ao nascimento e desenvolvimento do Protestantismo. Além disso, conceitualizou Ação Social:" todo comportamento cuja origem depende da reação ou da expectativa de reação de outras partes envolvidas". Participou da direção de uma das publicações de ciências sociais alemã de maior destaque. Além disso, publicou os seguintes ensaios:

-um sobre a objetividade nas ciências sociais e a primeira parte de "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", que se tornaria sua obra mais conhecida e é de fato fundamental para as ciências sociais;

- dois sobre a Rússia: "A Situação da Democracia Burguesa na Rússia" e "A Transição da Rússia para o Constitucionalismo de Fachada";


Fontes:
http://educacao.uol.com.br/biografias/max-weber.jhtm
http://www.algosobre.com.br/sociofilosofia/acao-social.html


2) Como Weber tratava os julgamentos de valor e o saber empírico?

Weber  acreditava ser preciso saber distinguir entre os julgamentos de valor e o saber empírico. O saber empírico nasce de necessidades e considerações práticas historicamente colocadas, na forma de problemas, ao cientista cujo propósito deve ser o de procurar selecionar e sugerir a adoção de medidas que tenham a finalidade de solucioná-los. Já os julgamentos de valor dizem respeito à definição do significado que se dá aos objetos ou aos problemas. O saber empírico tem como objetivo procurar respostas através do uso dos instrumentos mais adequados (os meios, os métodos). 


Fonte: 
QUINTANEIRO, Tania; BARBOSA, M.L; OLIVEIRA, M.G -  “Um toque dos clássicos – Marx, Durkheim e Weber”, UFMG, 2ª edição, 2003. 


3) Para Weber, o que é objetividade?

"Sempre que um homem da ciência permite que se manifestem seus próprios juízos de valor ele perde a compreensão integral dos fatos" (Ciência e política: duas vocações. Weber. Martin Claret, 2001 p. 47).

Max Weber, autor de, dentre outras obras, “A ‘objetividade’ do conhecimento nas ciências sociais“ um dos grandes clássicos no estudo das ciências sociais do século XX, procura questionar, nesta obra, a objetividade no que tange o conhecimento cientifico; Weber coloca, a idéia de objetividade em questão.
A escolha do objeto deve ser determinada pelo interesse do pesquisador, ou seja, movida pela paixão. O pesquisador deve gostar do que pesquisa; porém, o mesmo não pode ‘cegar-se’ pela paixão, sua pesquisa deve ser movida racionalmente. A escolha do objeto é subjetiva, porém o processo do conhecimento científico deve ser objetiva. Nota-se aqui que, de certa forma, Weber muda a concepção de objetividade baseada na distinção entre objetivo e subjetivo, adotando uma posição com base na distinção entre juízo de fato (sentença sobre aquilo que é) e juízo de valor (sentença sobre aquilo que deve ser).


Fonte: 
http://teoriadasciencias.blogspot.com.br/2009/11/objetividade-de-weber.html


4) Weber acredita na objetividade do conhecimento?

Para Weber, não existe ciência livre de pressuposições tampouco validade do conhecimento científico retirando-se as pressuposições deste conhecimento. Ou seja, não existe conhecimento que não tenha atrelado algum juízo de valor, o que não deve ocorrer, segundo Weber.
Weber confirma que ao cientista cabe apenas mostrar a necessidade de escolha e as consequências prováveis de cada escolha, mas não qual deve ser a escolha. É possível verificar, portanto, uma tensão entre objetividade e juízo de valor. Para Weber, o mundo dos valores não pode permear na atividade dos cientistas. As ciências não podem julgar os valores; cabe a política esse assunto. 


5) O que são tipos ideias?

"Tipo ideal ou tipo puro é um termo comumente associado ao sociólogo Max Weber (1864-1920). Na concepção de Weber é um instrumento de análise sociológica para o apreendimento da sociedade por parte do cientista social com o objetivo de criar tipologias puras, destituídas de tom avaliativo, de forma a oferecer um recurso analítico baseado em conceitos, como o que é religião, burocracia, economia, capitalismo, dentre outros.
Uma das principais características do tipo ideal não é o fato de que não corresponde à realidade, mas pode ajudar em sua compreensão, estabelecido de forma racional, porém com base nas escolhas pessoais anteriores daquele que analisa. É então um conceito teórico abstrato criado com base na realidade-indução, servindo como um "guia" na variedade de fenômenos que ocorrem na realidade; por se basear na indução, dá "ênfase na caracterização sistemática dos padrões individuais concretos (característica das ciências humanas) opõe a conceituação típico-ideal à conceituação generalizadora, tal como esta é conhecida nas ciências naturais", fazendo oposição ao método comparativo dos positivistas como Émile Durkheim."


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tipo_ideal


Publicado por: Caio, Karina, Elton, Amanda


domingo, 1 de abril de 2012

TRABALHO FINAL

PESQUISA SOBRE USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL 2010

www.cetic.br/tic/2010/index.htm (Pesquisa TIC Domicílios e TIC Empresas 2010)

Analisar determinadas partes da pesquisa e aplicar conceitos em aula:

  • Durkheim
  • Marx
  • Weber
Trabalho com, no mínimo, 10.000 caracteres (cerca de 4 páginas).

KARL MARX 3/3




1- Por que, para Marx, tudo é considerado mercadoria?
"Mercadoria é o que se produz para o mercado, isto é, o que se produz para a venda e não para o uso imediato do produtor." [1]
Ao se expandir, o capitalismo estendeu o sistema de produção para o mercado às mais diversas áreas. Em certo sentido, pode-se dizer que o capitalismo foi o regime que mercantilizou a vida humana. No sistema capitalista, o trabalhador vende ao proprietário a sua força de trabalho, muitas vezes o único bem que tem, tratada como mercadoria, e submetida às leis do mercado, como concorrência, baixos salários.
Para Marx, o capitalismo transformou tudo em mercadoria. Tudo ele reduziu a um valor que pudesse ser medido em dinheiro.

Fonte:   [1] KONDER, Leandro. "Mercadoria". In: Marx – vida e obra. São Paulo: Paz e Terra, 1999, p.121-122.

2- O que é valor de uso?

"O valor de uso é a capacidade que um produto tem para satisfazer determinadas necessidades do homem ou da sociedade no seu conjunto, através do uso, do consumo ou para servir de meio de produção de outros bens materiais. Algumas coisas satisfazem diretamente as necessidades pessoais do homem servindo de objetos de consumo pessoal, como os alimentos ou o vestuário; outras servem como meios de produzir matérias-primas, combustíveis ou ferramentas." 


3- O que é valor de troca?

"O valor de troca corresponde ao valor individual das mercadorias produzidas num determinado ramo de produção, segundo os meios utilizados pelo produtor, o processo de trabalho, o nível técnico de organização da produção e a produtividade. Isto origina que seja diferente, no tempo e no espaço, a quantidade necessária de trabalho para laborar uma unidade de produto da mesma qualidade, nas condições médias de produção socialmente normais."


4- Relacione o valor de uso e o valor de troca ao trabalho humano concreto e ao trabalho humano abstrato.


         "A principal preocupação de Marx, segundo Araújo (1989) era o de desvendar as leis do movimento do capital na sociedade capitalista. Para isso procurou analisar a mercadoria, o capital e a força de trabalho.
Marx dizia que um bem possui dois tipos de valores: valor de uso e valor de troca.  O valor de uso é medido pelo trabalho concreto, ou seja, do trabalho que depende da habilidade humana. Já o valor de troca da mercadoria está relacionada a quantidade de tempo que o trabalhador gasta para produzí-la. Veja o exemplo seguinte: para se confeccinar casacos, alguns alfaiates levarão mais tempo que outros. Contudo, na confecção do mesmo, a sociedade estabelece um tempo necessário para que o mesmo seja produzido, por exemplo 1 hora, o que significa dizerque se alguns desses alfaiates não produzirem dentro desse período estabelecido, serão "engolidos" pela concorrência. Este tempo é determinado pela intensidade das forças produtivas existentes no momento.
           Se um indivíduo é um alfaiate, sua profissão produz o valor de uso: ele sabe fazer roupas. E, roupas tem serventia (valor de uso). Mas, se ele demorar mais de uma hora para produzir um casaco, estará sendo pouco produtivo. Algum outro alfaiate, ao produzir mais em menos tempo, colocara mais peças no mercado e, por conseguinte, lucrará mais do que o primeiro.
          Assim, para Marx, o trabalho é útil ou concreto quando é considerado em sua modalidade específicas. Ou seja, é o que cria um produto útil. Segundo ele, não é o consumidor que dá utilidade a uma mercadoria, mas o produtor. O consumidor apenas reconhece a mercadoria como útil ou não. Por exemplo, se o produtor coloca no mercado um novo produto, ele pode ter sucesso ou não, depende se o consumidor vai reconhecer aquele produto como útil para ele. O produtor dá utilidade a mercadoria através do uso da tecnologia, da mão de obra e das matérias primas usadas no processo produtivo.


           Para Marx, o valor era portanto determinado no âmbito da produção e não da circulação, como afirmava os clássicos. Cada mercadoria possuia seu próprio valor de uso: o cafe alimenta, a roupa aquece, etc. Mas, todas elas foram produzidas pelo uso da força de trabalho. Então, o trabalho serve para igualar todas as mercadorias. A utilidade não pode ser quantificada, mas o tempo dispendido na fabricação do bem pode ser quantifificado.
           Para os neoclássicos, o que dava valor a uma mercadoria era a sua utilidade, para Marx era o trabalho. Não se pode estabelecer preço através do equilíbrio entre oferta e procura. Na verdade, às vezes,  o preço pode muitas vezes estar acima ou abaixo do valor do bem se a oferta estiver menor do que a procura. Por exemplo, a escassez de alimentos faz com que os preços dos produtox se elevem acima do seu valor, ou seja, dos custos de produção porque a demanda por alimentos pode estar crescendo mais do que a produção dos mesmos."




Fontes: http://pt.shvoong.com/social-sciences/economics/1819413-valor-uso-valor-troca/#ixzz1qppVbdkO
                   //pt.shvoong.com/social-sciences/economics/1819413-valor-uso-valor-troca/#ixzz1qppSU2FW 

5- O que Karl Marx chama de "Fetichismo da mercadoria"?

"Marx nota em “O Capital”, que a mercadoria (manufatura) quando finalizada, não mantinha o seu valor real de venda. Este valor era adquiria uma valoração de venda irreal e infundada, como se não fosse fruto do trabalho humano e nem pudesse ser mensurado; isto é, Marx queria denunciar que a mercadoria parecia perder sua relação com o trabalho e ganhava vida própria. Este fenômeno é denominado por Marx como sendo um “fetiche de mercadoria”.

"No desenvolvimento de sua teoria, Marx se baseia na história do personagem bíblico Moisés. Marx se utilizou disto para exemplificar na modernidade como o homem estava tratando as mercadorias (sapatos, roupas, etc.), que com o tempo deixaram de ser um produto estritamente humano para tornarem-se objeto de adoração. Estas mercadorias passaram a ter um valor simbólico, quase divino, ao passo que o ser humano compra um objeto de valor simbólico."

"Na história de Moisés, ele vai com os judeus atrás da terra prometida. Mas, como a princípio não conseguem encontrar esta tal terra, Moisés resolve retirar-se por um período para meditar no Monte Sinai e achar evidências da existência real deste Deus, deixando seu povo em uma terra fértil para subsistência. Neste meio-tempo, o povo deixado por Moisés se reorganiza de tal forma que passam a possuir novos líderes e deuses. Muito tempo se passa em cima do monte Sinai, até que após vários dias ou meses os céus se abrem e deles surgem o sinal tão esperado pelo povo Judeu, as tabuas da salvação, onde estavam contidos os “Dez Mandamentos”. A partir deste sinal Moises, desce o monte Sinai e vai de encontro ao seu povo para lhes contar e mostrar a novidade. Quando chega a seu povo, nota que estes haviam se reorganizado em sua ausência e que possuíam novas lideranças e principalmente que haviam juntado todo o ouro e joias fundido-as para fazer uma imagem, um novo Deus, que segundo a bíblia seria a imagem de um animal (possivelmente um bezerro) que havia se tornado objeto de adoração e glorificação pelo povo, o nome atribuído a esta imagem era “Fetiche”."
Em O Capital (volume 1), Marx explica o fetichismo da mercadoria:

"Consideremos duas mercadorias, por exemplo, ferro e trigo. As proporções, quaisquer que sejam, em que elas são trocáveis, podem sempre ser representadas por uma equação em que uma dada quantidade de trigo é igualada a certa quantidade de ferro…O que nos diz tal equação? Nos diz que, em duas coisas diferentes – em um quarto de trigo e x quantias de ferro -, existe em quantidades iguais algo comum a ambos. As duas coisas devem, portanto ser iguais a uma terceira, que em si mesma não é uma nem outra. Cada uma delas, no que se refere ao valor de troca, deve ser redutível a esta terceira coisa… Este “algo” em comum não pode ser uma propriedade natural das mercadorias. Tais propriedades são consideradas apenas à medida que afetam a utilidade de tais mercadorias, em que as tornam valores de uso. Mas a troca de mercadorias é evidentemente um ato caracterizado por uma abstração total do valor de uso. (...)

Fontes: Marx, Karl (2005). “Secção 4. O fetichismo da Mercadoria e o seu Segredo”. Retirado em 3 de Abril de 2007 de:http://www.marxists.org/portugues/marx/1867/ocapital-v1/index.htm.



6 - Qual a relação entre o "Fetichismo da mercadoria" e o trabalho social?


“Segundo Marx, o fetichismo é uma relação social entre pessoas midiatizadas por coisas. O resultado é a aparência de uma relação direta entre as coisas e não entre as pessoas. As pessoas agem como coisas e as coisas, como pessoas.”
“Os objetos úteis só se tornam em geral mercadorias porque são produtos de trabalhos privados, executados independentemente uns dos outros. O conjunto destes trabalhos privados constitui o trabalho social. Os trabalhos privados manifestam-se na realidade como frações do trabalho social global apenas através das relações que a troca estabelece entre os produtos do trabalho e, por intermédio destes, entre os produtores. Daí resulta que para estes últimos, as relações sociais dos seus trabalhos privados aparecem tal como são, ou seja, não como relações imediatamente sociais entre pessoas nos seus próprios trabalhos, mas antes como relações materiais entre pessoas e relações sociais entre coisas.” [1]
"Uma mercadoria, portanto, é algo misterioso simplesmente porque nela o caráter social do trabalho dos homens aparece a eles como uma característica objetiva estampada no produto deste trabalho; porque a relação dos produtores com a soma total de seu próprio trabalho é apresentada a eles como uma relação social que existe não entre eles, mas entre os produtos de seu trabalho (…). A existência das coisas enquanto mercadorias, e a relação de valor entre os produtos de trabalho que os marca como mercadorias, não têm absolutamente conexão alguma com suas propriedades físicas e com as relações materiais que daí se originam… É uma relação social definida entre os homens que assume, a seus olhos, a forma fantasmagórica de uma relação entre coisas. A fim de encontrar uma analogia, devemos recorrer às regiões enevoadas do mundo religioso. Neste mundo, as produções do cérebro humano aparecem como seres independentes dotados de vida, e entrando em relações tanto entre si quanto com a espécie humana. O mesmo acontece no mundo das mercadorias com os produtos das mãos dos homens. A isto dou o nome de fetichismo que adere aos produtos do trabalho, tão logo eles são produzidos como mercadorias, e que é, portanto inseparável da produção de mercadorias." (O capital - Karl Marx)

Fontes: [1] MARX, Karl. "O capital", Volume I. Capítulo I: Mercadoria
             pt.wikipedia.org/wiki/Fetichismo_da_mercadoria

7- Descreva um exemplo atual que expresse o que Marx denominou "Fetichismo da mercadoria".
Dica: Créditos de carbono


                " Pode a tecnologia criar desemprego? Do ponto de vista de teoria marxista a resposta é um claro ‘não’. Mas há aqueles que acreditem no contrário. No século XIX, o movimento luddista na Inglaterra culpava e destruía as máquinas por tirar o emprego de vários trabalhadores. No século XXI o pensamento, infelizmente, continua o mesmo: culpa-se a tecnologia pelo desemprego
                  É comum ouvir a afirmação de que o avanço da tecnologia e as novas máquinas estão roubando o emprego dos trabalhadores. Que estranho, pois não há relatos histórico até o presente momento de que qualquer máquina tenha caminhado por suas próprias pernas e entregado uma carta de demissão a um trabalhador. Por que então pensar que a máquina retirou o emprego do trabalhador? O avanço tecnológico faz um grande serviço às pessoas: aumenta a produtividade do trabalho. Pode-se produzir mais e melhor com igual ou menor quantidade de trabalho.
              Quem demite o trabalhador é o patrão, e não a máquina. Quem, portanto, cria desemprego são os capitalistas. O progresso tecnológico, por si só, não tem o poder de aumentar o desemprego. Os capitalistas sim. Mas não é isso o que pensa o deputado Jesse Jackson Jr., democrata de Illinois:
            O luddismo do século XXI na Inglaterra ou o neo-luddismo do século XXI são puros casos dofetiche da mercadoria. Confunde-se a forma social com seu suporte material. Toma-se como natural aquilo que é social. Assim, atribui-se à máquina o que é culpa do capitalismo.
             Em uma sociedade socialista a tecnologia não aumentaria o desemprego, mas sim aumentaria o tempo dedicado ao lazer, já que pode-se produzir o mesmo com menos trabalho. A tecnologia seria bem-vinda para reduzir a jornada de trabalho. No capitalismo isso raramente ocorre. A regra é cortar custos e aumentar os lucros. Se não é lucrativo manter o empregado após comprar uma nova máquina, o trabalhador torna-se imediatamente redundante. O problema é o critério do lucro para decidir se o trabalhador continua empregado ou não.
                 Mais interessante ainda é ver o mesmo deputado Jesse Jackson Jr. culpar os trabalhadores chineses pelo desemprego dos trabalhadores norte-americanos! Aí já é demais. O problema é que esse pensamento é o mais comum nos EUA. Escuta-se este tipo de afirmação a cada esquina. Ao invés de culparem os capitalistas e o sistema pelo desemprego, culpam a tecnologia ou mesmo trabalhadores em outros países!"
Fonte: http://marx21.com/2011/08/03/luddismo-no-seculo-xxi-o-fetichismo-atualizado/


Respostas até 1º.abril às 23:59
Ass: Elton
Atualizado por Caio, Amanda, Karina