1. O que é poder e dominação para Weber?
"Poder é toda chance,
seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra
a relutância dos outros." Max Weber
O conceito de poder em
Weber é associado a duas categorias que se completam; o Domínio, no qual, a
partir de uma determinada ordem, qualquer que seja o seu conteúdo, ocorre a
probabilidade de ser seguida por um certo número de pessoas, e a Disciplina que
a partir de uma ordem ocorre o seu obedecimento imediato, sem questionamentos
pelo grupo devido a um conjunto de atitudes que lhes são visuais e arraigadas
(domínio do dominador, disciplina do dominado).
"Segundo Weber, a dominação consiste
em um estado de coisas no qual as ordens
dos que dominam influenciam, além da mera execução dessas ordens, a
própria conduta dos dominados como máximas de comportamento (Weber, 1992,
p. 699). A dominação se instaura desde que a obediência seja
percebida como um dever pelos dominados. O fato de perceber
a obediência como um dever depende, de fato, da aceitação
pelos dominados da legitimidade da dominação, ou seja, da sua crença na
legitimidade do poder daqueles que comandam. É a razão pela qual Weber
afirma que os tipos de dominação se revelam quando formulamos
esta questão: sobre quais princípios últimos pode basear-se
a validade, a legitimidade de uma forma de dominação, isto é,
a exigência de obediência da parte 'funcionários' pelo seu 'senhor'' e da
parte dos dominados pelo 'senhor' e pelos 'funcionários' ? "
"Para que um Estado exista,
é necessário que um conjunto de pessoas obedeça à autoridade alegada pelos
detentores do poder no referido Estado. Por outro lado, para que os dominados
obedeçam é necessário que os detentores do poder possuam uma autoridade
reconhecida como legítima. A dominação é presença marcante em uma sociedade.
Para haver dominação é necessário que haja elementos de diversas classes
sociais, onde os que detêm o poder exercerão domínio e soberania sobre os
demais indivíduos sem o poder."
FONTE:
http://www.fee.tche.br/3-decadas/downloads/volume1/2/box-4.pdf
http://pensador.uol.com.br/frase/MjAwMDg1/
2. Qual a diferença de dominação legítima para a ilegítima?
Weber define a dominação como oportunidade de encontrar uma pessoa
determinada que esteja pronta a obedecer, pois a dominação se faz necessária
para se manter em ordem a sociedade e tudo que gira em torno dela.
É notável que em todo grupo dentro de qualquer sociedade, que seja baseado em
regras e hierarquias, se encontrem indivíduos dominantes e dominados. E nesse
contexto Weber nos fala que dentro da sociedade é preciso que haja elementos
que detenham o poder ou que possuam formas de autoridades legitimamente
reconhecidas, e elementos que não detenham o poder. A dominação muitas vezes se
dá devido às inúmeras formas de interesses, sejam eles nas suas mais variadas
formas. E, é claro, sempre que há indivíduos que estejam prontos a obedecer a
ordens de conteúdos determinados.
Mesmo podendo assimilar a dominação a qualquer situação que possa verificar
indivíduos subordinados ao poder de outros ,ela difere das relações de
poder em geral por apresentar uma tendência a se estabilizar, a procurar
manter-se sem provocar confrontos. Em outras palavras, as relações de dominação
dentro de uma sociedade se caracterizam por buscar formas de legitimação, de
serem reconhecidas como necessárias para a manutenção da ordem social.
Assim Max Weber nos apresentou em um de seus estudos mais importantes, três
tipos puros de dominação legítima, cada um deles gerando diferentes categorias
de autoridade. São classificados como puros porque só podem ser encontrados
isolados no nível da teoria, combinando-se quando observados em exemplos
concretos. São formas de dominação, segundo Weber, dominação legal, tradicional
e carismática.
Como a sociologia da dominação ocupa , no pensamento de Weber, um lugar central
na construção dos mecanismos reflexivos e dedutivos na sua "sociologia
compreensiva", a denominação de dominância não acabou. Em seu livro 'A
Cidade' ele apresenta a dominação como uma coisa ou força natural , que de
alguma forma se afirma por ela mesma, mas como algo com uma correspondência
significante entre uma ação (que poderia ser uma ordem) e uma outra ação (que é
obediência), e reciprocamente.
Se a dominação contém sempre um tipo de acordo nos valores, essa ausência
poderia tabém ser designada como sua legitimação. E já que o acordo entre a
ordem e obediência constitui o caráter essencial da dominação, seria impossível
encontrar na "sociologia da dominação" uma dominação não legítima.
Mas seria impossível se a
dominação não legítima fosse no sentido conceitual , já que no âmbito de
fenômenos singulares, poderá ser entendida. Um exemplo disso é o caso da
cidade medieval ocidental.
Aparentemente não é um tipo de dominação , mas poderemos assiciá-la à dominação
pela contradição de adjetivação.
A ação de
um único sujeito se pode mover entre uma dominação legítima e uma
não-legítima.Weber fala, nesse caso, sobre transições incertas entre uma válida
(legitimação de única ação que orienta seu comportamento a essa ordem legal) e
outra inválida. Nesse caso duas ou mais (e também contraditórias) ordens podem
coexistir no mesmo ambiente urbano.
Uma leitura possível é que a dominãção não-legítima é uma entidade
tipicamente dinâmica onde as diferentes dominações ( e as respectivas ordens
legais) podem coexistir no interior de um sistema que permita a
autoorganização, também em um campo importante, como a justiça.
Poder-se-á subentender então, da construção metodológica de Weber, que a
dominação não legítima formula-se enquanto tipo ideal para dar conta dos
fenômenos mais complexos que não couberam na construção mais pura dos três
tipos de dominção legítima e, assim, a cidade medieval (citada no livro)
oferecia-se como território privilegiado para a sua análise e explicação.
FONTE:
http://www.artigonal.com/noticias-e-sociedade-artigos/os-tres-tipos-de-dominacao-segundo-max-weber-1284076.html
http://www.ufrgs.br/tramse/pead/textos/weber.pdf
http://www.pucsp.br/ponto-e-virgula/n7/artigos/pdf/pv7-08-antoniosousa.pdf
3. Podemos encontrar em um dado fenômeno apenas um tipo de
dominação?
"A dominação é algo que sempre existiu e sempre existirá na história da humanidade pois é algo fundamental na mesma. Os mais variados tipos de dominação seguirão vivos nas mais variadas plataformas, como a dos pais sobre os filhos. Este tipo de dominação é, porém, legal, respaldada pela lei, pelo menos enquanto os filhos forem menores de idade. Assim, conclui-se que quanto maior for a interação do fenômeno com os elementos da ação social poder-se-ará dizer que a dominação determina as características dos fenômenos."
4. Como Weber define o Estado?
Se a política
esta em toda a história humana, logo passa de uma atividade do ser humano,
porém não se pode confundir com o Estado, que corresponde a “[...]
racionalização da civilização humana” (FREUND, 1987, p. 159). Logo, a política
é anterior ao Estado. Na visão de Weber o Estado se define como
“[...] a estrutura ou o agrupamento político que reivindica com êxito o
monopólio do constrangimento físico legítimo” (FREUND, 1987, p. 159).
Dessa forma, de um lado atuaria a
racionalização do direito, consequentemente a especialização do poder
legislativo e judiciário, voltado para uma política que tem o objetivo de
manter a segurança dos indivíduos, logo procura assegurar a ordem pública, do
outro lado se vincula a uma administração racional, que estaria baseado em
“regulamentos explícitos”, que pode intervir nos mais diversos domínios,
exemplo cultura, saúde economia, dispondo de uma força militar permanente.
O Estado tem como
característica política o uso da coação física. Todo Estado se funda na
força sendo a única fonte do "Direito". Consiste também em
uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no
instrumento de violência legítima. Só pode existir, portanto, sob a
condição de que os homens dominados submetem à autoridade continuamente
reivindicada pelos dominadores.
FONTE:
http://www.consciencia.org/max-weber
5. O que é ação social?
O termo
ação social, que foi introduzido por Max Weber na obra “Ensaios de Sociologia”,
é qualquer ação que leva em conta ações ou reações de outros indivíduos e que
se modifica com base nesses indivíduos. Isto é, é todo ato que uma pessoa
realiza após atos externos a ela a influenciarem.
As diferentes ações sociais segundo a classificação de Weber são:
Ações racionais: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, desconsiderando as consequências e se os meios para atingir seus objetivos são os ideais;
Ações instrumentais: ações planejadas e tomadas depois de avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Exemplo: seria a maioria das transações econômicas;
Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Exemplo: Chorar de felicidade ao ser aprovado no vestibular;
Ações tradicionais: ações baseadas na tradição enraizada. Exemplo: assistir a um jogo de futebol em frente à televisão com uma lata de cerveja;
Ações racionais: ações tomadas com base nos valores do indivíduo, desconsiderando as consequências e se os meios para atingir seus objetivos são os ideais;
Ações instrumentais: ações planejadas e tomadas depois de avaliado o fim em relação a outros fins, e após a consideração de vários meios (e consequências) para atingi-los. Exemplo: seria a maioria das transações econômicas;
Ações afetivas: ações tomadas devido às emoções do indivíduo, para expressar sentimentos pessoais. Exemplo: Chorar de felicidade ao ser aprovado no vestibular;
Ações tradicionais: ações baseadas na tradição enraizada. Exemplo: assistir a um jogo de futebol em frente à televisão com uma lata de cerveja;
FONTE:
http://www.brasilescola.com/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_social
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