sexta-feira, 23 de março de 2012

KARL MARX 2/3



1.     O que são classes sociais?

Classes sociais são grupos de pessoas que possuem status social semelhante, isto é, que têm padrões de vida similares em muitos aspectos, principalmente o econômico. Segundo Karl Marx, em todos os tipos de sociedade há sempre uma classe dominante que controla direta ou indiretamente o Estado e as classes inferiores (dominadas). Estas duas classes completamente diferentes vivem constantemente em luta, o que foi chamado por Marx de “luta de classes”.
Destaca-se também o fato de as classes sociais diferenciarem-se das castas sociais por permitirem mudança de status das pessoas ao longo de suas vidas.


2.     Quando e como surge o proletariado?

    O proletariado surgiu na Europa entre os séculos XIV e XIX, com o capitalismo industrial, quando todos os bens passaram a ser mercadorias, ou seja, para adquiri-los era necessário dinheiro. Isso só foi possível mediante a chamada acumulação primitiva do capital, que se caracteriza por expulsões de camponeses de suas terras (cercamentos) e pela destruição dos laços não-mercantis do artesanato urbano (por exemplo, as corporações de ofício), formando um conglomerado grande de indivíduos excluídos de meios de produção e que nada tinham para oferecer ao mercado além de sua força de trabalho.
            Karl Marx foi destaque na questão do proletariado  no século XIX, quando os proletários conseguiram pela primeira vez organizar greves de grandes proporções, capazes de sucumbir com a estrutura por eles vivida até então. Para isso, utilizaram ideias socialistas de Karl Marx.


3.     O que gera o movimento histórico?


         Um movimento histórico é um fenômeno social muito raro. Sua principal característica é que reúne em determinado momento, vários fatores que contribuem para a mudança de algo. Todas as lutas de classes existentes até hoje são exemplos de movimentos históricos. "A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias, tem sido a história das lutas de classes(...). Numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada." 
    Marx, Grundrisse.

4.     O que são forças produtivas?

      Para Karl Marx são todas as forças usadas para transformar a natureza, visando à criação de bens materiais, através de uma combinação da força de trabalho humana com os meios de produção, como as ferramentas. Assim, é necessário que o homem se organize socialmente para produzir, estabelecendo relações sociais e dividindo atividades entre si.


5.     O que são relações de produção?


              Relações de Produção é um conceito elaborado por Karl Marx e, em síntese, são as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção.
                Segundo a teoria marxista nas sociedades de classes, as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e não-proprietários.
               Podemos definir também Forças Produtivas que correspondem à combinação da força de trabalho humana com os meios de produção, isto é, instrumentos e objetos de trabalho, tais como tecnologia, incluindo infraestrutura, ferramentas, máquinas, técnicas, materiais, e o conhecimento técnico aplicado à natureza, obtendo, entre outros, recursos naturais.
                 As relações de produção e as forças produtivas constituem o Modo de 
   Produção, o qual se modifica historicamente (escravagista, feudal, capitalista).    
   Fonte: http://pt.wikipedia.org (Relações de Produção e Forças Produtivas) 

6.     O que é a alienação e qual é sua relação com o trabalho?


            Alienação, para Marx, tem um sentido negativo (em Hegel, é algo positivo) em que o trabalho, ao invés de realizar o homem, o escraviza; ao invés de humanizá-lo, o desumaniza. O homem troca o verbo SER pelo TER: sua vida passa a medir-se pelo que ele possui, não pelo que ele é. Tanto em Marx quanto em Hegel, alienação está ligada ao trabalho. Para Hegel, o trabalho é a essência do homem, quer dizer, é somente por meio de seu trabalho que o homem pode realizar plenamente suas habilidades em produções materiais.



7.     Por que Marx vê um papel revolucionário na burguesia?

           A burguesia “cria um mundo à sua imagem e semelhança”.
      Marx viu a burguesia revolucionária, porque sua ação destruiu os modos de organização do trabalho, as formas da propriedade no campo e na cidade; debilitou as antigas classes dominantes como a aristocracia feudal e o clero, substituiu a legislação feudal, e eliminou os impostos e obrigações feudais, as corporações de ofício, o sistema de vassalagem que impedia que os servos se transformassem nos trabalhadores livres e mesmo o regime político monárquico nos casos em que sua existência representava um obstáculo ao pleno desenvolvimento das potencialidades da produção capitalista.
           Além disso, Segundo Marx e Engels, o modo de produção capitalista estende-se a todas as nações, constrangidas a abraçar o que a burguesia chama de “civilização”. A premência de encontrar novos mercados e matérias-primas e de gerar novas necessidades leva-a a estabelecer-se em todas as partes.

8.     Por que o modo de produção capitalista é transitório?

       O modo de produção capitalista é transitório, porque se divide em duas classes antagônicas e é o meio de produção onde as forças produtivas se desenvolvem ao máximo, e ainda há o maior grau de exploração do trabalhador. Este se torna o agente revolucionário na sociedade capitalista, pois com a exploração conseqüentemente aumentará sua capacidade de organização e de consciência de sua situação social. 
       "Mas essa forma antitética é, ela mesma, transitória, e produz as condições reais de sua própria supressão. Resultado: o tendencial, geral e potencial desenvolvimento das forças de produção – da riqueza enquanto tal – como uma base; do mesmo modo, a universalidade da troca e, portanto, o mercado mundial como base. A base como possibilidade de desenvolvimento universal do indivíduo, e o desenvolvimento real dos indivíduos a partir dessa base como constante suspensão de sua barreira, reconhecida como tal, não como um limite sagrado. Não uma universalidade ideal ou imaginária do indivíduo, mas a universalidade de suas relações reais e ideais. Portanto, também, a tomada de sua própria história enquanto processo e o reconhecimento da natureza (presente do mesmo modo como um poder prático sobre a natureza) como seu corpo real. O desenvolvimento é posto e reconhecido como a pressuposição do mesmo.  Para isso, no entanto, é sobretudo necessário que o pleno desenvolvimento das forças de produção tenha se tornado a condição de produção; e não que condições de produção específicas sejam postas como um limite ao desenvolvimento das forças produtivas.” Marx, Grundrisse, pp. 541-542

Um comentário:

  1. Muito bom a redacao.merece no.ta 10 pelo texto .arabens..qualquer coisa msn >pedro.moura12@Live.com

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